Uma pequena volta pelas ruas do Catete, bairro da zona sul do Rio de Janeiro, é o suficiente para saber que o lugar está carregado de história. O bairro de passagem entre Flamengo, Laranjeiras e Glória foi sede do Governo da República do Brasil e da residência oficial do Chefe de Estado, no Palácio do Catete, entre 1896 e 1960.
O local, aliás, foi onde aconteceu o fatídico suicídio do ex-presidente Getúlio Vargas, em seu quarto, em 1954. Tempos depois, a construção virou o Museu da República, que abriga um grande e bonito jardim, ótima opção de área de lazer.
A população do Catete é de 24.057 pessoas, com renda média de R$ 2.947, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As vias principais são as ruas Catete – onde está concentrada a maior parte do comércio formal e informal, com lojas, bancos e restaurantes -, a rua Bento Lisboa e Pedro Américo – bastante residenciais –, Corrêa Dutra – onde encontra-se o mais antigo sobrado do bairro, transformado em uma loja de departamentos – e a Dois de Dezembro – que cruza o local e chega ao bairro do Flamengo. A rua Tavares Bastos dá acesso à comunidade de mesmo nome.
Além do Museu da República e do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, ambos localizados na rua do Catete, moradores têm outras opções de diversão como o cinema Kinoplex, na mesma via, e a Galeria Condor, uma das mais tradicionais da cidade. O Largo do Machado é outro ponto de comércio da região, com vários locais de alimentação.
O destaque do Catete é a quantidade de sobrados e casarões construídos, muitos deles tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Os prédios mais modernos são altos.
Além das inúmeras opções de comércios, o transporte no bairro é eficiente. São duas as estações de metrô, com acesso às linhas 1 e 2, que operam entre zona sul e zona norte. A rede de ônibus leva os passageiros ao Centro, zonas oeste, sul e norte.
A rede de ensino é ampla, com cursos de línguas, colégios municipais a particulares. Os mais tradicionais são Bonfim, Zaccaria e Pinheiro Guimarães. Na parte de saúde, além de consultórios particulares, o único local hospitalar é o Centro Municipal de Saúde Manoel José Ferreira. Hospitais de grande porte são encontrados em bairros vizinhos como Glória e Laranjeiras.
O nome do bairro significa “mato fechado” em tupi. Antes da colonização, uma tribo de índios chamada Uruçumirim era dona da região. A ocupação do bairro por nobres se deu por volta de 1840, com a construção de várias mansões, uma delas a do Barão de Nova Friburgo, chamada de Palácio Nova Friburgo, que anos depois viraria o Museu da República. As informações são da Prefeitura do Rio de Janeiro.